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"TempLo é dinheiro" (Bispo Edir Macêdo)

Nunca discuta com um idiota, ele te rebaixa ao nível dele e te vence pela experiência.

"Um homem deve começar a usar a brinco, desde o momento que sua mulher ache um dentro do seu carro."

Se a vida lhe der um limão, faça uma limonada. Se a vida lhe der uma laranja, faça uma laranjada. Se a vida lhe der um cágado, cuide bem do bichinho.

O salário do homem é um negócio ambiental: 30% pro leão, 40% pra vaca, 20% pra cascavel e 10% pro burro.

Fazer chorar é fácil; desafio mesmo é fazer rir.

A velocidade máxima que um homem consegue fazer amor sem se cansar é 68 km/h. Quando chega a 69, ele já coloca a língua de fora.

domingo, 14 de março de 2010

A Rodney Ênio Lima de Andrade

Pedro Velho - RN - 10/89

Rodney de Renato, Rodney de Lizete, Rodney de Ilnara, Rodney dos irmãos, Rodney dos amigos, Rodney da medicina, Rodney torcedor do Fluminense, Rodney das infantis brincadeiras na avenida Rio Branco, Rodney dos carnavais em Tibau, Rodney da clínica oftalmológica...

Quando pensei em escrever algo sobre você, Rodney, confesso que fiquei em dúvida em relação à qual dessas características deveria realçar. No entanto, logo percebi que falando sobre quaisquer de suas facetas, terminaria por delinear-lhe o perfil, pois sempre foi de fácil percepção a inconfundível marca que lhe perpassou a vida, ou seja, a plenitude com que você vivia cada sentimento.

Lembro-me bem, Rodney, de uma semana que Vilani e eu passamos no Rio Janeiro, quando você ali cursava residência médica. Como estávamos de férias, Vilani, um tanto preocupada, comentava que não podíamos abusar de sua solicitude, e isso lhe poderia atrapalhar a rotina acadêmica.

Eu a tranquilizava dizendo da certeza de que a imersão do Rodney residente nas atividades era equivalente e proporcional à intensidade de sua benevolência e presteza, quando estava nos ciceroneando.

Naqueles dias, em nossos roteiros, percorrendo os típicos recantos cariocas, lembro-me que você, sorrindo, ou quase, seguia explicando detalhadamente os principais aspectos geográficos da Cidade Maravilhosa. E tampouco esqueço que, ao passarmos pelo bar “Garota de Ipanema”, eu falei que não havia necessidade de pararmos, pois nos bastava vê-lo de passagem. Infalível foi seu contra-argumento de que de nada adiantaria passar em frente ao lendário bar sem parar para conhecê-lo nos detalhes internos.

Da mesma forma, em Vila Isabel, onde você fez questão de também estacionar o carro para passearmos pelas calçadas onde estão gravados acordes de Noel Rosa, já que você sabia do meu interesse. Aliás, algum tempo depois, ao cometer o poema “Cenas Cariocas” – constante de nosso livro Incerto Caminhar –, canhestramente registrei algo em relação àquele momento.

Rodney, como foi valioso você ter vivido intensamente cada momento de sua vida... Extremado filho, seu carinho e preocupação com seus pais, Lizete e Renato, emocionava. Seu amor por Ilnara, saltava aos olhos. Do zelo para com seus pequenos filhos, nem se fale.

E com seus amigos?

Ah, Rodney, qualquer um de nós, ao ser saudado por você, sentia que sua festa conosco nunca era “da boca pra fora”. Além de perguntar por esposa, filhos e familiares, você também demonstrava real interesse pelo que estávamos fazendo na vida profissional, essas coisas.

Palavras e gestos característicos dos que regam amizades, com o mesmo esmero de quem cuida de um belo pomar.

No entanto, Rodney, sexta-feira passada, como se fosse um soco no estômago, recebi a notícia de que você havia partido. Tomado de tristeza, tentei direcionar meu pensamento para você vivo, ágil, intercalando a sisudez da consulta médica com algo de pitoresco de nossa Mossoró.

A cada retorno a seu consultório, ao ouvir-lhe o diagnóstico de aumento de meu grau, eu reclamava em tom de blague: “é a velhice chegando...”. E você, invariavelmente, reagia amenizando: “O que isso, homem? somos quase da mesma idade...”

Rodney, sabemos não existir palavras que sirvam de bálsamo para amenizar a dor que dilacera o coração dos seus, que ficam. Qualquer argumento ou gesto, mesmo aceito e entendido como manifestação de amizade, infelizmente pouco adiantará.

Consciente disso, faço este singelo comentário apenas como forma de registrar, para seus filhos, a lição por você legada, e que somente consigo definir valendo-me de Fernando Pessoa: “Para ser grande, sê inteiro”.

Saudades, Rodney.

David Leite é advogado, professor, escritor e atual chefe de Gabinete da Reitoria da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Texto extraído do blog de Carlos Santos

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