O psiquiatra e professor da Washington School of Psychiatry Stephen Weissman estudou a vida de Charles Chaplin (1889-1977) durante anos. Ele pesquisou todos os documentos. Por conta disso, acabou conhecendo de forma detalhada o cineasta.
Os documentos lhe permitiram compor "Chaplin: uma Vida" (Larousse, 2010). Uma das revelações que consta no volume é sobre a vida privada dos pais de Chaplin. Hannah Hill Chaplin, sua mãe, mesmo casada com o pai do cineasta, teve vários amantes, entre eles um suposto membro da aristocracia inglesa que a convenceu a fugir para a África do Sul.
Hannah engravidou fora do casamento, chegou a se prostituir e contraiu sífilis. Chaplin se referiu à sexualidade de sua mãe como uma "trágica promiscuidade", em romance autobiográfico não publicado, chamado "Footlights", que ele utilizou como base para o roteiro do filme "Luzes da Ribalta" (1952).
Em um misto de história social, romance e ciência médica, o livro esmiúça o desastroso casamento dos pais de Chaplin. Depois, conduz o leitor ao mundo do teatro de variedades e dá vida às ruas do sul de Londres, ao traumático orfanato Hanwell e, finalmente, por um novo ângulo, à Hollywood das décadas de 1910 e 1920.
O autor vê semelhanças das heroínas de seus filmes com a mãe de Chaplin. A obra detalha, estuda e desvenda a história assustadora que influenciou sua personalidade. Aos 7 anos, o menino foi para o orfanato. O cineasta define esta como a fase mais infeliz da sua vida.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/ult10082u728277.shtml
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